Segundo a família de Juliana, a brasileira não recebeu mantimentos desde que caiu em trilha de vulcão. Ela foi encontrada morta nesta terça

A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta pelos socorristas após quatro dias desde a queda enquanto percorria uma trilha de vulcão na Indonésia, denuncia que a jovem não teve acesso à água, comida ou a agasalhos.
Juliana acabou caindo em um penhasco enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok. A morte foi confirmada pela família nesta terça-feira (24/6) por meio das redes sociais. A jovem estava desde 21/6 à espera de resgate.
Juliana é natural de Niterói (RJ) e fazia um mochilão pela Ásia quando o acidente aconteceu.
Nessa segunda, a operação foi interrompida por causa das condições climáticas na região. “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 m abaixo. Faltavam 350 m para chegar na Juliana, e eles recuaram mais uma vez. Mais um dia”, escreveu a família.
As mudanças climáticas repentinas são normais nesta época do ano na região, segundo familiares da vítima. “Eles [governo da Indonésia] têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura. Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência.”
Operação de resgate
A confirmação da morte de Juliana foi publicada na manhã desta terça, na rede social Instagram, por meio do perfil criado por Mariana Marins, irmã de Juliana, que funciona como canal oficial sobre o desaparecimento da jovem na Indonésia. Na postagem, Mariana afirmava que a operação de resgate era acompanhada pela embaixada brasileira.
O Parque Nacional do Monte Rinjan, onde fica a trilha da qual Juliana caiu, chegou a informar que sete socorristas conseguiram se aproximar do local em que a brasileira estava, após os esforços desta terça, mas que a equipe precisou pausar o resgate e montar um acampamento emergencial, pois o dia estava escurecendo. Retomadas as buscas, foi possível localizar a jovem.
Ao todo, 48 profissionais de diferentes grupos se envolveram nas buscas, entre eles Basarnas, Unidade SAR Lotim Brimob, Polícia Florestal, EMHC, Lorax, carregadores locais e Rinjani Squad.
Por Luana Viana