Governadora de Pernambuco diz buscar mais estabilidade política ao trocar PSDB pelo PSD de olho na reeleição em 2026

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deixou o PSDB em março de 2024 e se filiou ao PSD, visando maior estabilidade política e segurança para disputar a reeleição em 2026. Em entrevista a coluna do Igor Gadelha, ela afirmou que sua saída foi motivada por conflitos internos no PSDB e pelo encerramento de um ciclo de quase 10 anos na sigla. Raquel destacou que foi bem recebida pelo PSD e que está empenhada em fortalecer o partido no estado.
Apesar de manter uma relação institucional com o presidente Lula, a governadora afirmou não ter recebido qualquer promessa de apoio para a próxima eleição. A mudança para um partido de centro, no entanto, é vista como uma tentativa estratégica de ampliar alianças e abrir espaço para possível apoio do governo federal. Seu principal adversário na disputa de 2026 deverá ser o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB).
“Eu precisava estar em um partido que me desse mais estabilidade, segurança. Tenho certeza que estou no caminho certo. Depois de mim, Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul) também chegou”, declarou a governadora na entrevista, concedida na terça-feira (10/6).
“Eu cumpri um ciclo dentro do PSDB. Tive a oportunidade de ser eleita e reeleita prefeita de Caruaru (PE), minha cidade. Disputei (o governo de) Pernambuco. Havia muitas discussões internas dentro do próprio PSDB, que acabaram culminando na minha decisão de sair do partido. Sou grata pela oportunidade de ter estado no partido, de disputar as eleições, mas agora é hora de começar um novo ciclo. Estou muito feliz no PSD. Fui muito bem recebida pelo partido, pelo próprio presidente Kassab e pelas lideranças políticas. Estamos fortalecendo o partido em Pernambuco, em um movimento que, inclusive, me elegeu governadora do estado”, disse. Por Igor GadelhaMilena Teixeira