Apesar das promessas de resolver conflitos como a guerra na Ucrânia em 24 horas, Trump retorna à Casa Branca sem apresentar soluções concretas e com histórico de aumento das tensões globais

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou repetidamente durante a campanha que, se eleito novamente, encerraria a guerra na Ucrânia em apenas “24 horas”. A declaração, no entanto, contrasta com sua própria gestão: já fazem mais de 24h que ele está à frente da Casa Branca, não cumpriu promessas centrais de política externa, como resolver o conflito entre Israel e Palestina/Gaza ou conter a influência do Irã no Oriente Médio. Ao contrário, tensões aumentaram, com ações unilaterais como a retirada do acordo nuclear com o Irã e o apoio irrestrito a Israel, que ajudaram a acirrar a instabilidade na região — hoje refletida nos violentos confrontos entre Israel, Gaza e grupos apoiados pelo Irã e ele querendo mergulhar os EUA na guerra, podendo escalar o conflito na região com seu posicionamento.
Ao minimizar a complexidade geopolítica dos conflitos internacionais com promessas simplistas, Trump reforça um discurso populista que não se sustenta diante dos fatos. Resolver a guerra na Ucrânia ou os confrontos no Oriente Médio exige diplomacia, articulação multilateral e compromisso com a paz — elementos ausentes em sua retórica e, muitas vezes, em suas ações enquanto presidente. Prometer paz instantânea é fácil; entregar resultados reais, como mostrou seu próprio governo, é outra história e não se resolve com intimidações ou simplesmente um telefonema.
Por: CLAUDEMI BATISTA