Ex-prefeito de Petrolina aposta em equilíbrio ideológico e base no interior para compor aliança com Humberto Costa e João Campos em 2026

Miguel Coelho(UB) vem adotando uma postura política que, aos poucos, o consolida como a peça que falta na montagem da chapa majoritária liderada por João Campos (PSB) para as eleições de 2026. Com Humberto Costa (PT) praticamente garantido como representante da esquerda, a presença de Miguel seria o equilíbrio necessário para compor uma frente ampla capaz de dialogar com eleitores de diferentes espectros ideológicos.
Ex-prefeito de Petrolina e nome de peso no interior do estado, Miguel tem se mantido relevante no debate público, mas sem radicalizações. Sua atuação indica uma tentativa consciente de se reposicionar como um representante do campo mais moderado da direita, evitando embates extremos e mantendo canais abertos com outras lideranças políticas — inclusive com setores mais próximos ao PSB.
Ao defender uma composição que una visões distintas — a esquerda de Humberto e a centro-direita que ele representa — Miguel acena com maturidade política e senso estratégico. Essa construção pode ser fundamental para a narrativa de união e estabilidade que João Campos busca transmitir, especialmente num cenário de polarização crescente.
Além disso, Miguel tem base eleitoral consolidada no Sertão, região onde João Campos e Humberto Costa enfrentam maiores desafios. A sua presença na chapa agregaria capilaridade territorial, além de potencializar votos entre conservadores que hoje não se sentem representados no campo progressista.
Se superar a disputa interna com Eduardo da Fonte (PP) — que também almeja a vaga —, Miguel Coelho poderá surgir como o nome que sintetiza a união entre experiência de gestão, apelo popular no interior e uma linguagem política que busca consenso. Nesse cenário, a chapa João Campos, Humberto Costa e Miguel Coelho poderia sair fortalecida como uma aliança ampla, moderna e competitiva rumo ao Senado em 2026.
Por: CLAUDEMI BATISTA