Com olho em 2026, PL aposta na redução de concorrência e no apoio bolsonarista para ampliar bancadas

Com os olhos voltados para 2026, o PL de Pernambuco sonha alto e começa a se organizar e já estão fazendo contas. Mesmo sem garantias sobre como estará a popularidade de Bolsonaro no próximo ano, o partido aposta que seu maior cabo eleitoral ainda terá força suficiente para impulsionar candidaturas no estado — especialmente ao Senado.
A legenda acredita que um nome apoiado por Bolsonaro pode conquistar mais de 35% dos votos para o Senado, índice que o colocaria em uma posição bastante competitiva, considerando que, em 2026, serão eleitos dois senadores por estado.
Até o momento, ainda não há consenso sobre quem será o candidato ao Senado pelo PL. Os dois principais cotados são Gilson Machado e Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão.
Segundo André Ferreira, a estratégia da propaganda foi focar nos deputados federais e estaduais que disputarão as eleições de 2026. Isso explicaria a ausência de figuras como o prefeito de Jaboatão, Mano Medeiros, e a prefeita de Escada, Mary Gouveia, além de Andrea Medeiros, esposa de Mano, que será candidata a deputada estadual, mas não apareceu na TV.
Para o deputado estadual Joel da Harpa, o cenário é promissor. Ele aposta que as federações e fusões partidárias — como PP/União Brasil, Podemos/PSDB e PT/PV/PCdoB — vão reduzir o número de candidatos nas chapas proporcionais. Com isso, partidos que concorrem sozinhos, como PL, PSD e PSB, podem sair ganhando, tendo mais chances de eleger parlamentares com votações expressivas.
Faltando ainda mais de um ano para as eleições, o tabuleiro político já está sendo montado em Pernambuco. O PL busca se posicionar como uma força relevante e quer transformar o capital político de Bolsonaro em votos. A expectativa é eleger um senador, ao menos cinco deputados federais e sete estaduais. Mas, como bem disse Feitosa, tudo depende da união interna. Por Terezinha Nunes /Claudemi Batista